HISTÓRIA
A Área de Proteção Ambiental (APA) Pouso Alto está inserida em uma das microrregião de maior apelo turístico de Goiás – a da Chapada dos Veadeiros – reverenciada pelas belezas cênicas proporcionadas pelo seu relevo peculiar e pela abundância de cachoeiras, cânions, veredas e vales formados pelos diversos cursos hídricos que abastecem a região.
Ela está localizada na região nordeste do Estado de Goiás e abrange os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D´Aliança e Teresina de Goiás, totalizando 872 mil hectares. A APA circunda o Parque Estadual Águas do Paraíso (PEAP) e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que conta com gestão exclusiva do Governo Federal, e que é uma das unidades de conservação mais belas de todo o território nacional.
OBJETIVOS
A APA Pouso Alto recebe status de área prioritária para conservação devido à ameaça advinda da expansão da agropecuária e do extrativismo no nordeste goiano, que avança frente às áreas de biodiversidade do Cerrado. Ela está inserida no corredor ecológico Paranã-Pirineus, que é um corredor formado por um mosaico de unidades de conservação com uso pouco intensivo.
INFORMAÇÕES GERAIS
A APA Pouso Alto também contempla a presença de comunidades tradicionais, os quilombos que estão pré-estabelecidos há décadas na região. As comunidades quilombolas Kalunga estão incluídas no zoneamento da área, mas tem na Fundação Cultural Palmares a responsável pela delimitação de suas atividades produtivas e culturais desenvolvidas na área.
O município de Cavalcante é o que concentra maior proporção da APA em seu território, correspondendo a 44%. Em seguida, temos Alto Paraíso com a proporção de 28%. Colinas do Sul concentra 15%; Teresina de Goiás 4%; Nova Roma 3% e São João da Aliança 2%.
A UNESCO conferiu ao nordeste goiano o status de Reserva da Biosfera do Cerrado devido à sua importância biológica, aos elevados índices de biodiversidade e de endemismo, graças às fitofisionomias diferenciadas e aos processos ecológicos únicos. Nestas áreas, são revertidos investimentos para o aprofundamento de pesquisas científicas, para o melhor conhecimento e combate às causas do aumento progressivo da degradação ambiental frente ao Cerrado.
A APA Pouso Alto possui um plano de manejo onde foram estabelecidas as normatizações para as diferentes áreas de zoneamento dentro da unidade de conservação, objetivando disciplinar o uso correto do solo e dos seus recursos hídricos. Entre as áreas delimitadas com finalidades específicas, onde foram respeitadas a pré-ocupação do solo antes da sua demarcação, destacam-se:
Áreas de Comunidades Tradicionais
Na APA Pouso Alto apenas a comunidade Quilombola Kalunga possui o reconhecimento como comunidade tradicional decretada pela Fundação Cultural Palmares em 2005. Esse grupo originário de escravizados refugiados que criaram núcleos de resistência no Centro-Oeste brasileiro possui uma organização social própria, um cultivo baseado em sementes centenárias, uma administração territorial feita de forma comunitária e transmissão de posse hereditária.
Os integrantes da Comunidade Kalunga possuem uma forte ligação com a terra e com a preservação dos seus recursos naturais. Dentro das áreas administradas comunitariamente por eles, o acesso às belezas naturais é feito sob acompanhamento de membros da comunidade, que conduzem de forma controlada os visitantes interessados em usufruir das cachoeiras, mirantes e paisagens cênicas da região.
Esta comunidade ocupa parte dos municípios de Monte Alegre de Goiás, Teresina de Goiás e Cavalcante, entretanto, apenas Cavalcante e Teresina de Goiás encontram-se dentro da APA de Pouso Alto.
LEGISLAÇÃO
Decreto nº 5.419, de 07 de maio de 2001 – Ato da criação da APA Pouso Alto
LOCALIZAÇÃO
A APA Pouso Alto está situada no nordeste Goiano, abrangendo os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D’Aliança e Teresina de Goiás, podendo ser acessada através de duas vias de acesso principais tendo Goiânia como ponto de partida: A primeira rota inicia na BR-06/153 passando pelos municípios de Terezópolis, Anápolis, Abadiânia, Alexânia, Brasília; pegando a GO-118 nos municípios de São João da Aliança e Teresina de Goiás e por fim GO-241 até a chegada no município de Cavalcante-GO. A outra rota também se inicia na BR-060/153, passando pelos municípios de Terezópolis e Anápolis, na sequência na BR-414 nos municípios de Corumbá de Goiás, Cocalzinho e Niquelândia e por fim na GO-132 até a chegada no município de Colinas do Sul-GO.
ATRATIVOS
São inúmeros os atrativos desta área de proteção ambiental tão vasta que chega a abranger seis municípios goianos em sua totalidade. Tendo o complexo de formações rochosas em forma de chapada como principal destaque, a região brinda seus visitantes com uma grande variedade de cachoeiras, mirantes, vales, veredas e belezas cênicas adornadas pela biodiversidade do Cerrado Brasileiro.
A Chapada dos Veadeiros é marcada por uma geologia única, caracterizada por formações rochosas antigas que remontam a centenas de milhões de anos. A região faz parte do Planalto Central brasileiro e apresenta um conjunto de características geológicas interessantes como a presença de rochas cristalinas que representam uma porção mais antiga e estável da crosta terrestre. Tais rochas tiveram origem na era Pré-Cambriana, indicando que foram formadas há mais de 600 milhões de anos.
Dois maciços rochosos se destacam com essas características e estão localizados na GO-239, que liga Alto Paraíso ao povoado de São Jorge (porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros). Trata-se dos Morro Buracãos e da Baleia, que impressionam quem passa por esse trecho, ao oferecer uma perspectiva majestosa dessas serras, pela sua proximidade com o trajeto feito por terra.
Os amantes de aventura nas alturas também têm a oportunidade de conferir todas essas belezas cênicas tendo uma visão panorâmica. Vôos de balão passaram a fazer parte da programação de entretenimento oferecida na região. E o seu sobrevoo permite aos turistas contemplar a vista desse relevo característico desta porção tão exótica do país.
Um dos atrativos mais procurados para visitação na região é o Vale da Lua, localizado no município de Alto Paraíso de Goiás. Ele recebeu esse nome devido ao processo natural sofrido pelas rochas com a ação da água corrente ao longo de milênios, que as esculpiu em formatos semelhantes às crateras lunares. As águas do rio São Miguel, que banham o vale, ao agir a rocha quartzítica por milhares de anos fez surgir buracos, desníveis e piscinas naturais que são um convite à apreciação e ao banho.
A GO-239 que conduz ao Vale da Lua brinda os visitantes em determinadas épocas do ano com a floração dos Chuveirinhos – nome popular da Calliandra dysantha – uma planta típica do Cerrado brasileiro que possui inflorescências pomponadas que lembram um chuveiro. Nesse trajeto, é possível se avistar da estrada verdadeiros jardins naturais dessa espécie, conferindo uma atmosfera mágica e encantadora diante do reflexo da luz do sol nas hastes dessa planta tão especial.
Ainda seguindo pela GO-239, o Complexo São Bento oferece um tour por duas famosas cachoeiras da região: as Almecegas I e II. Para acessá-las, o turista tem a oportunidade de percorrer trilhas de fácil acesso, sinalizadas e em meio ao cerrado intocado. A Almecegas I surpreende pelo imenso paredão rochoso por onde as águas fazem sua queda, formando um poço que conduz a um cânion de beleza ímpar. Já a Almecegas II permite ao visitante desfrutar de uma queda de menor proporção, mas com um poço propício para o banho, voltado para uma bela serra.
Também rico em cachoeiras, o Santuário Volta da Serra é uma propriedade agro sustentável, que permite ao visitante desfrutar dos produtos cultivados localmente como mel, café especial e o baru. As trilhas que conduzem a cachoeiras de diferentes proporções impressionam pela riqueza da flora nativa.
Partindo no sentido ao Parque Estadual Águas do Paraíso, uma estrada rural com subidas desafiadoras, levam ao Complexo Macaquinhos. Banhado pelo rio de mesmo nome, a trilha pelo seu leito apresenta cachoeiras cenográficas, poços de água cristalina e muita natureza ao redor. Um passeio que oferece o contato direto com a natureza, no seu estado mais primitivo e belo.
Já o território Kalunga de fácil acesso e aberto à visitação turística fica no município de Cavalcante. A comunidade do Engenho II, distante 27 quilômetros do centro da cidade, guarda três impressionantes cachoeiras e um vasto cerrado intocado, que encanta aos visitantes. As cachoeiras Candaru, Capivara e Santa Bárbara ocupam posições nos rankings das mais belas do país, e impressionam pelo volume de água durante todo o ano, mesmo em períodos de estiagem marcante no centro do país.
Estes são alguns dos inúmeros atrativos da região, que despontam dia a pós dia na APA Pouso Alto. Nos centros de turismo situados nos principais municípios inseridos na referida Unidade de Conservação é possível localizar os mais diversificados atrativos da região.
VISITAÇÃO
A região é provida de inúmeros de atrativos turísticos nos diferentes municípios de abrangência da Área de Proteção Ambiental. Estes atrativos estão situados em propriedades particulares, assim a visitação dessas localidades está sujeita as regras (dias de funcionamento, horário, preço, etc.) e normativas de cada estabelecimento.
PLANO DE MANEJO
– Portaria nº 135/2016 (Aprova o Plano de Manejo da APA de Pouso Alto)– Encarte 1 (Contextualização)
– Encarte 2 (Diagnóstico)
– Encarte 3 (Missão e Matriz Lógica de Planejamento)
– Encarte 4 (Zoneamento Ambiental e SIG)
– Encarte 5 (Programas de Ação)
– Encarte 6 (Sistema de Gestão)
– Encarte 7 (Matrizes de Monitoramento)
– Resumo Executivo
CONSELHO CONSULTIVO
O Conselho Consultivo da APA de Pouso Alto (CONAPA) é regulamentado pelo Decreto nº 9.035, de 1º de setembro de 2017 e sua alteração Decreto nº 9.671, de 02 de junho de 2020.
Diante desta alteração a nova composição do CONAPA deverá observar o Edital de Convocação nº 03/2017 CONAPA Retificado.
As ações do CONAPA, para o período de 2018/2020, podem ser acompanhadas pelo seguinte endereço: https://trello.com/b/krJRo550/conapa-2018-2020.
Abaixo segue documentos referentes ao funcionamento e reuniões do CONAPA:
– Regimento Interno
– Ata Reunião APA Pouso Alto 18-09-2014
– Ata 1ª Reunião Ordinária CONAPA 08-10-2014
– Ata 1ª Reunião Extra CONAPA 15-10-2014
– Ata 2ª Reunião Extra CONAPA 23-10-2014
– Ata 2ª Reunião Ordinária CONAPA 19-11-2014
– Ata 3ª Reunião Extra CONAPA 09-12-2014
– Ata 4ª Reunião Extra CONAPA 25-02-2015
– Ata 5ª Reunião Extra CONAPA 19-06-2015
– Ata 6ª Reunião Extra CONAPA 15-09-2015
– Ata 3ª Reunião Ordinária CONAPA 24-11-2015
– Ata 7ª Reunião Extra CONAPA 08-03-2016
– Memória 8ª Reunião Extra CONAPA 31-05-2016 (Ofício 096-2016 – Cancelamento da Reuniao de 08-06-2016)
– Ata 9ª Reunião Extra CONAPA 19-08-2016
– Ata 10ª Reunião Extra CONAPA 06-09-2016
– Memória 4ª Reunião Ordinária CONAPA 07-10-2016
CONTATOS
Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Emergências Ambientais – SUC: (62) 3201-5295.
Gerência de Implantação e Manejo de Unidades de Conservação – GEMUC : (62) 9 9696-0331.
Gerência de Criação, Regularização Fundiária e Suporte à Gestão de Unidades de Conservação – GEREF : (62) 9 9952-2041.
Coordenador da unidade de conservação: Mozart Caetano de Freitas Júnior.
E-mail: mozart.junior@goias.gov.br
