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Parque Estadual dos Pireneus – PEP

HISTÓRIA

O Parque Estadual dos Pireneus (PEP) está localizado em uma área limítrofe de três municípios do centro goiano: Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás. O Parque dos Pireneus possui um relevo de beleza singular, com várias formações rochosas majestosas. Aqui encontra-se o segundo maciço mais alto do Estado de Goiás, o Pico dos Pireneus, com 1.380 metros de altitude. Do seu topo é possível ter uma visão panorâmica de toda região e das demais serras que compõem seu conjunto geomorfológico, como o exótico Morro Cabeludo.

Toda a geologia do PEP é resultado do elevado planalto brasileiro à leste, onde chega a atingir mil metros de altitude, com uma formação mais baixa a oeste. Em tempos muito remotos, a escarpa principal foi formada devido à colisão de placas do continente ancestral Gondwana, que unia a América à África. A separação resultou em um tipo de retalhamento do solo, conferindo uma série de dobras, falhas e deformações que moldaram o seu relevo.

A rocha predominante do PEP é o quartzito de origem sedimentar, que se apresenta nas formas dobrada ou fraturada, dando à região um aspecto áspero e rudimentar.

OBJETIVOS

A delimitação legal do PEP lhe concedeu 2.833,26 hectares, onde estão preservados exemplares do cerrado rupestre de altitude, formações rochosas singulares e importantes nascentes que ajudam a abastecer as bacias Platina e Tocantinense. O alto da Serra dos Pireneus é berço dos rios das Almas e Corumbá, responsáveis por abastecer diversas comunidades da região. Os dois cursos hídricos descem a serra em direções opostas: o rio das Almas alimenta a bacia do Tocantins; enquanto o rio Corumbá, a do Paranaíba.

Para a melhor proteção de seus recursos naturais e o controle do desenvolvimento do ecoturismo na região, o PEP ganhou a Área de Proteção Ambiental dos Pireneus, que engloba todo o seu entorno.

INFORMAÇÕES GERAIS

Para melhor acomodar a equipe da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) responsável por administrar o parque, foram feitas duas instalações estratégicas. Uma delas, considerada o Centro de Visitantes, e que está há poucos metros do Pico dos Pirineus, e que funciona como um ponto de apoio aos visitantes, que podem utilizar banheiros ou se hidratar durante seus passeios.

A segunda locação, um pouco mais afastada da estrada principal que corta o parque, serve de alojamento para a equipe da SEMAD e para pesquisadores autorizados que realizam algum trabalho de campo na unidade.

Os visitantes que desejam conhecer as belezas do parque devem se dirigir ao Centro de Visitantes para pedir autorização para o seu ingresso, que é feito gratuitamente, e conseguir algumas informações sobre os pontos de visitação e contemplação.

LEGISLAÇÃO

Lei Estadual nº 10.321, de 20 de novembro de 1987 – Cria o Parque Estadual dos Pireneus e dá outras providências.

Lei Estadual nº 13.121, de 16 de junho de 1997 – Introduz alteração na Lei nº 10.321, de 20 de novembro de 1987.

Decreto nº4.830, de 15 de outubro de 1997 – Estabelece a área e os limites do Parque.

LOCALIZAÇÃO

Para chegar ao Parque Estadual dos Pireneus, partindo da capital Goiânia, é preciso dirigir pouco mais de 130 quilômetros rumo a Anápolis pela BR-060 e pegar o sentido Pirenópolis na BR-414. O seu acesso se dá por uma estrada de terra que é acessada a 20 quilômetros do centro de Pirenópolis, aos pés da Serra dos Pirineus.

Para quem prefere acessar ao Parque pela cidade de Cocalzinho, um percurso pela estrada de terra de apenas 6 quilômetros leva à sua sede. Partindo da cidade, pegar sentido BR 414 e virar à esquerda no cruzamento entrando na Avenida dos Pireneus, continuação da BR-070. Siga até ver a sinalização do Parque Estadual da Serra dos Pireneus onde se acessa a estrada de terra que conduz à sede do parque.

     

ATRATIVOS
Pico dos Pireneus

Segundo maior maciço rochoso do Estado de Goiás, o Pico dos Pireneus, com 1.380 metros de altitude, é um dos principais atrativos do Parque Estadual dos Pireneus. Uma trilha de aproximadamente 500 metros, que pode ser feita com 15 minutos de caminhada, conduz ao seu topo, onde está instalada a Capela da Santíssima Trindade dos Pireneus.

Registros históricos datam que em 1827, o padre Santiago Uchôa reuniu 35 pessoas no topo do Pico dos Pireneus para rezar a primeira missa no local. Anos depois, em 1927, Cristovam José de Oliveira erigiu uma pequena capela em madeira no cume do morro. Em 1935, um vendaval destruiu a capela, fazendo com que no mesmo ano fosse erguida uma outra no lugar, dessa vez em alvenaria. Ela resiste até hoje no mesmo local e serve de ponto final da romaria estabelecida ao longo da Serra dos Pireneus.

Em 1892, a passagem da Comissão Cruls pela região – que era composta por um grupo de cientistas dedicados a fazer a demarcação do quadrilátero do Distrito Federal – despertou o interesse do grupo em explorar a topografia singular do Pico dos Pireneus, levando-os a subir ao seu topo e deixar esse feito registrado em ata formal da expedição.

O contato com o Pico dos Pireneus é, à primeira vista, impactante. Seu formato cônico contrasta com os demais maciços rochosos que compõem o seu conjunto geomorfológico. Ele é permeado por um cerrado rasteiro, que acompanha aquele que explora a trilha que leva ao seu cume. A experiência de se dedicar à subida permite ao visitante se deslumbrar com uma vista 360 graus da região.

Morro Cabeludo
Um segundo maciço rochoso conquista a atenção dos visitantes do Parque Estadual dos Pireneus. Estamos falando do Morro Cabeludo, que fica bem em frente ao Pico dos Pireneus. Seus 1.350 metros de altitude chamam a atenção pelo formato inusitado das suas encostas, cobertas por espécies endêmicas rupestres como cactos, orquídeas e bromélias.

Uma das estradas do Parque Estadual conduz à sua direção permitindo a sua contemplação de diversos ângulos, e do cerrado rupestre em seu entorno. Sua formação rochosa quartzítica é datada do período pré-cambriano, contando mais de 1 bilhão de anos, sendo um testemunho geológico de longínquas eras.

Oásis
Caminhada suave de aproximadamente 500 metros em meio a um campo limpo com pequenos afloramentos rochosos levam à um pequeno corpo hídrico de águas cristalinas, circundadas por buritis, e tendo ao fundo a vista do Morro Cabeludo. Uma trilha leve perfeita para a contemplação da natureza e das paisagens do Cerrado, onde pode-se observar diferentes elementos da vegetação típica da região tais como pau-papiro (planta eleita como símbolo de Goiás), quaresmeiras, chuveirinhos, entre outros.

A trilha também é recomendada para observadores de aves, que podem encontrar ali espécies típicas do bioma, associadas principalmente aos campos limpos, tais como corruíra-do-campo e cigarra-do-campo.

Casa das Cobras
Toda a extensão do PEP é marcada por formações rochosas singulares, algumas mais representativas e apreciadas pelos turistas e moradores da região, como a Casa das Cobras. Esse complexo geológico despertou interesse internacional de praticantes de um esporte desafiador: a escalada boulder.

Diferente das modalidades convencionais de escalada que buscam como desafio atingir pontos mais altos. No caso da escalada boulder, o desafio do atleta está em se locomover horizontalmente e sem apoios adicionais pelas pedras, o que exige que o local tenha uma formação natural onde as pedras estejam dispostas paralelas ao solo. A Casa das Cobras oferece uma quantidade considerável de pedras dispostas nesse sentido, portanto o interesse de atletas vindos de várias partes do mundo para se desafiarem na modalidade.

Complexo Rochoso de formas variadas
Um passeio pelas estradas do PEP conduzem a um conglomerado de rochas com formatos que chamam a atenção pela semelhança com animais. Estamos falando das pedras que se assemelham ao Dinossauro, Tartaruga, Leão e ao Jacaré. Dispostas em sequência, o observador mais atento consegue ver no formato esculpido pela ação do tempo a silhueta de tais animais.

Lá o quartzito forma impressionantes figuras lembrando objetos, rostos ou animais, que se desenvolvem ao longo de labirintos rochosos, intercalados com zonas de arbustos e gramíneas. As trilhas são irregulares e de difícil orientação, sendo penoso o avanço através delas, pois é uma região quente e seca.

Cachoeira da onça
Escondida em meio a um vale que surge após uma caminhada de aproximadamente 500 metros por uma trilha cercada pelo cerrado sensu stricto, a Cachoeira da onça exige do visitante destreza na sua descida, bastante íngreme e finalizada por uma suspensão em corda. Ao atingir o fundo do vale, por onde corre o leito do rio, o visitante é surpreendido por uma queda que de tão alta faz com que a água finalize o seu contato com o rio em grande parte no formato de bruma. Tal fato faz com que a queda seja pulverizada em micro gotículas dando à cachoeira um aspecto diferenciado das demais. Seu acesso é gratuito, porém não recomendada a todos os públicos.

Cachoeira Sonrisal
As águas geladas do córrego Capitão do Mato alimentam a Cachoeira Sonrisal, suas sete quedas e os poços que se formam na sequência de cada uma delas. Essa bela cachoeira pode ser acessada após uma trilha de 600 metros que parte do estacionamento. Toda calçada e com pouco grau de dificuldade, o caminho que conduz à cachoeira brinda os visitantes com flores e frutos do cerrado, que margeiam espontaneamente a trilha aberta.

A cada queda, um poço de águas cristalinas e rasas é formado, permitindo que se acomode embaixo das quedas, conferindo o contato do banhista com a água corrente e o poder energético da sua queda. Seu acesso é gratuito.

VISITAÇÃO

O PEP está aberto à visitação. Ele está localizado na Fazenda Abade 0 – Morro dos Pirineus, Zona Rural – Cocalzinho de Goiás/GO. CEP: 72.975-000

Os horários são:

  • Das 08 hrs as 17 hrs (horário normal);

ORIENTAÇÕES GERAIS

  • É proibido o acesso de animais domésticos;
  • É proibida a coleta de exemplares do meio biótico (animais, plantas, etc.) e abiótico (rochas, solo, etc.);
  • É proibida a caça e a pesca;
  • É proibido o uso do fogo;
  • É proibido o ingresso e a permanência no parque, de pessoas portando armas, materiais ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou a quaisquer outras atividades prejudiciais à fauna ou à flora;
  • É proibido o consumo de bebida alcoólica no interior do parque;
  • O uso de imagem da Unidade de Conservação com finalidade comercial deverá ser solicitado a SEMAD, com antecedência mínima de 60 dias;
  • O uso de imagem com finalidade científica, educativa ou cultural é permitido.

Consulte o Guia de Trilhas do Parque

CONTATOS

Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Emergências Ambientais – SUC: (62) 3201-5295.

Gerência de Implantação e Manejo de Unidades de Conservação – GEMUC: (62) 99696-0331.

Gerência de Criação, Regularização Fundiária e Suporte à Gestão de Unidades de Conservação – GEREF: (62) 9 9952-2041.

Coordenador da Unidade de Conservação: Fernando Roberto Morato

E-mail: fernando.morato@goias.gov.br / pep.meioambiente@goias.gov.br

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