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Parque Estadual Serra de Jaraguá – PESJ

HISTÓRIA

O Parque Estadual da Serra de Jaraguá (PESJ) é uma unidade de conservação com mais de dois mil hectares (2.828,6613ha), localizada entre os municípios goianos de São Francisco de Goiás e Jaraguá. Sua delimitação legal foi feita para proteger a riqueza natural e histórica abundante da Serra de Jaraguá – um maciço rochoso que chega a atingir 520 metros de altitude, e abriga uma das principais rampas de voo livre de todo o Centro-Oeste brasileiro.

A altitude da serra também serviu de atrativo para a instalação de imponentes torres de transmissão de teleradiodifusão. Do seu topo, é permitido ter uma visão panorâmica da cidade que lhe dá o nome, e vislumbrar os campos cultiváveis a perder de vista.

A beleza da sua rica vegetação tem conquistado pesquisadores e apreciadores há séculos. Há registros de passagens de viajantes europeus desde o século XIX, como a do botânico francês August de Saint`Hilaire, que esteve no então arraial para conhecer de perto a prosperidade do local.

O início da subida da Serra de Jaraguá – onde estão localizados os principais atrativos voltados ao público – encontra-se atrás da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde um pórtico sinaliza o ingresso na unidade de conservação. Desse ponto até a rampa de voo livre, no topo da serra, são aproximadamente cinco quilômetros, em uma estrada de terra que é possível percorrer de carro todo o trecho.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário, que foi a segunda a ser edificada no município e data de 1776, sendo considerada uma relíquia arquitetônica e cultural que guarda traços dos idos de sua formação, ainda na configuração de Arraial Córrego de Jaraguá.

OBJETIVOS

O PESJ foi criado com o objetivo de preservar toda a riqueza do ecossistema que compõe a Serra de Jaraguá, que é cortada por um relevante rio da hidrografia goiana, o rio das Almas, que nasce na vizinha Pirenópolis, e segue rumo a São Luiz do Norte. A serra também é banhada por seus afluentes como o rio Pari, responsável pelo abastecimento da cidade de Jaraguá.

É na sequência desses veios d`água, preservados por matas de galeria, que os desbravadores do Parque Estadual se encantam com pequenos oásis de água cristalina formados ao longo de seus cursos, adornados por uma vegetação tropical com a presença de samambaias gigantes, que destoam do cerrado característico de todo o seu entorno.

INFORMAÇÕES GERAIS

O Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (IPHAN) catalogou o sítio arqueológico de São Januário na serra: o Petroglifo e as ruínas da capela São José, de importância ímpar para remontar o processo de ocupação de uma das regiões mais antigas do Estado; ambos encontrados nas delimitações do PESJ.

Jaraguá é considerada a terceira cidade mais antiga de Goiás – atrás apenas da Cidade de Goiás e de Pirenópolis – tendo sido desbravada nos idos de 1700 com a chegada da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, que descobriu a riqueza aurífera da região, iniciando com isso o seu povoamento. O nome do primeiro arraial foi herdado do tupi-guarani, tradicionalmente Yara – Guá, que significa Senhor do Vale.

Hoje, Jaraguá desponta como a capital da confecção goiana. Segundo o último censo do IBGE a cidade possui 45.223 habitantes de acordo com o Censo de 2022.

LEGISLAÇÃO

Lei Estadual nº 13.247, de 13 de janeiro de 1998 – que cria o Parque Estadual da Serra de Jaraguá – PESJ

Decreto nº 7.604, de 19 de abril de 2012 – Estabelece a delimitação do PESJ e dá outras providências

Lei Estadual nº18.844, de 10 de junho de 2015 – Altera a denominação e a delimitação do Parque Estadual da Serra de Jaraguá – PESJ

LOCALIZAÇÃO

Partindo da capital Goiânia pela GO-080 são 121 quilômetros até acessar a cidade de Jaraguá – porta de entrada do Parque.

     

ATRATIVOS

O Parque Estadual da Serra de Jaraguá (PESJ) recebe a visita de diferentes tipos de público, interessados em realizar atividades outdoor, em contato pleno com a natureza. Ciclistas, praticantes de mountain bike, adeptos do trekking, observadores de fauna e atletas de parapente e asa delta são os principais interessados em desbravar suas belezas.

Rampa de voo livre

O PESJ é muito procurado pelos praticantes de parapente, que aproveitam as correntes térmicas e a boa projeção da rampa de voo livre para realizarem voos de longa distância. Apesar das condições climáticas apresentarem possibilidade de voo o ano inteiro, os melhores meses para a prática esportiva é de Junho a Outubro.

Sua localização permite o pouso em pasto de vegetação baixa e entrecortada por rodovias vicinais que facilitam o resgate. A sua boa avaliação pelos atletas do voo livre colocaram Jaraguá no Circuito Internacional de Campeonato de Parapente, realizado anualmente em Julho, momento em que a rampa chega a registrar a presença de até 350 atletas, vindos de toda parte do Brasil e de outros países, interessados em aproveitar as correntes térmicas para realizar seus vôos de longa distância. Suas correntes de ar são consideradas uma das melhores do Brasil para a prática.

O recorde de distância registrado em um salto feito de lá foi de 303 quilômetros, em linha reta. O que rendeu ao atleta partir de Jaraguá e pousar em uma cidade do sudoeste goiano, Rio Verde.

Sítio Arqueológico de São Januário

Para quem está em busca do contato com registros de povos primitivos, ou de ruínas que remontam parte da história das civilizações que habitaram a região, o PESJ reserva o sítio arqueológico de São Januário, catalogado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan). Integram o seu complexo:

o Petroglifo: uma formação rochosa catalogada pelo IPHAN que apresenta escrituras rupestres.
as ruínas da Capela de São José, primeira capela que foi edificada na cidade e que data de 1748.

Localizado a apenas 7,5 quilômetros da cidade, em plena Serra de Jaraguá, o sítio pode ser acessado pela encosta da serra conhecida por São Januário. Estudos realizados no local revelaram a presença de materiais arqueológicos que permitiram constatar a presença de um grupo horticultor, com características indígenas.

Já estudos empreendidos no Petroglifo identificaram representações antropomorfas gravadas na pedra. Associações feitas por arqueólogos apontam para marcas deixadas por índios da tribo Goya.

Atualmente, o IPHAN tem realizado o mapeamento de todo o sítio para estabelecer uma rota de visitação.

Caminho de Cora Coralina

A Serra de Jaraguá integra o Caminho de Cora Coralina, a primeira trilha de longo curso do mundo a trazer poesia descrita em seu trajeto, e que liga a Cidade de Goiás a Corumbá de Goiás, ao conduzir os peregrinos por oito municípios e oito povoados goianos.

O trecho do trajeto que passa por Jaraguá é o oitavo e tem seu início na histórica Igreja Nossa Senhora do Rosário, bem aos pés da Serra. Uma subida de 5 quilômetros leva às as.html
torres de transmissão e ao primeiro mirante. Os mais empolgados podem subir alguns poucos metros para alcançar a rampa de vôo livre e ter acesso à uma segunda vista panorâmica da cidade.

Ao retornar para as torres, uma trilha aberta à direita permite que se desça a serra pelo lado Oeste e leva à estrada vicinal em uma descida de aproximadamente 7 quilômetros.

A partir daí, segue-se nela à direita, onde a caminhada ou o trajeto de bicicleta vai permitir que se atravesse a ponte sobre o rio Pari, em seguida cruza-se a Ferrovia Norte Sul e segue no trajeto até alcançar a Vila Aparecida, concluindo com 24,2 quilômetros o trajeto do Caminho de Cora pelo Parque Estadual da Serra de Jaraguá.

Represa da Maria Helena

Um dos pontos contemplativos do Caminho de Cora Coralina, a represa da Maria Helena faz uma homenagem à primeira proprietária rural de Jaraguá a ter suas terras adquiridas para o estabelecimento do parque.

Sede do Parque

Ponto de apoio do Caminho de Cora Coralina. Ambiente banhado por uma represa, aos pés de uma das encostas da serra, e que permite a vista contemplativa da natureza preservada.

Trilha do Abismo

Conduz da estrada principal rumo às torres, acessando uma trilha à direita que conduz à represa da Maria Helena. Proporciona uma vista panorâmica da Serra e da vastidão da natureza preservada em sua encosta. Permite ver paredões de pedra de alturas monumentais. A trilha está inserida dentro das demarcações do caminho de Cora, onde diferentes placas indicativas podem ser observadas ao longo do percurso.

Trilha do Poção

Caminhada pelo cerrado onde é possível se deparar com árvores típicas da região como o pequizeiro, cajuzinho do campo, mangabeira e outras frutas típicas desse bioma. Descida rumo ao veio d’água com um certo grau de dificuldade e que exige atenção redobrada para evitar quedas. Local em meio à mata de galeria, de temperatura amena, com pequenas quedas d’água e poço de água límpida, onde é possível observar os peixes, refrescar-se em um banho de água corrente.

Percurso de Downhill

O Parque Estadual da Serra de Jaraguá possui um percurso de downhill que recebe competições nacionais da categoria. São aproximadamente 1600 metros de extensão, em declive, que receberam obstáculos diversos como paredes de escoras, rock garden, drops e rampas. Um convite aos adeptos da moutainbike.

VISITAÇÃO

O Parque Estadual da Serra de Jaraguá (PESJ) não possui acesso restrito, nem cobrança para a sua entrada. Sua visitação é por livre demanda e iniciativa do visitante. Tanto que muitos turistas e moradores locais optam por subir a serra ainda de madrugada para observarem o nascer do sol de um de seus mirantes.

CONTATOS
Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Emergências Ambientais: (62) 3201-5295

Gerência de Implantação e Manejo de Unidades de Conservação: (62) 99696-0331

Gerência de Criação, Regularização Fundiária e Suporte à Gestão de Unidades de Conservação: (62) 9 9952-2041

Coordenador da Unidade de Conservação: Rodrigo Arantes Melo

E-mail: rodrigo.amelo@goias.gov.br / pesj.meioambiente@goias.gov.br

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